Doug Goldstein afirma que ruptura dos Guns N'Roses se deveu a Michael Jackson; Slash rebate tais afirmações
Numa entrevista exclusiva concedida à conceituada revista "Rolling Stone", edição brasileira, no passado dia 25 de Março, o empresário Doug Goldstein considerou que Michael Jackson foi o responsável pela desagregação da antiga formação. Goldstein, que trabalhou com a banda no seu período aúreo e que Slash considerou como o principal responsável pela separação dos Guns N'Roses, garantiu que consegue juntar novamente Axl e Slash. Recorde-se que na auto-biografia lançada em 2007, Slash não poupa o ex-empresário da formação: "Goldstein subia os degraus estrategicamente. Era como um predador numa emboscada. Embora ninguém tenha sido mais responsável pela dissolução da banda do que nós próprios, Goldstein foi um catalisador. As suas técnicas para dividir e conquistar foram um intrumento para chegarmos ao fim. Ele aproximou-se de Axl para substituir Alan Niven, sendo sempre muito permissivo com ele". A relação profissional entre Axl e Goldstein chegou ao fim em 2002, supostamente motivada por uma discussão entre ambos.
Doug Goldstein defendeu-se das "acusações" que Slash lhe fez, chegando mesmo a negá-las, acrescentando: "Adorava encontrar Slash e esclarecer isso tudo, porque durante 7 anos, nós fomos os responsáveis pelos negócios da banda. Eu paguei-lhes as comissões a dobrar. Eu amo Slash até morrer, é uma das minhas pessoas favoritas em todo o mundo e por alguma razão ele está com tais ideias".
Consta que Goldstein nunca foi muito bem visto ou considerado no seio da banda e tal se deveu ao facto de o seu antecessor no cargo, Alan Niven, ter contratado um especialista em magia negra em Nova Orleães, depois de ter sido despedido. Palavras de Doug: "Todos os dias, depois do trabalho, ele ia para o quarto, colocava uma capa negra e dizia mal de mim e do Axl. Eu estava no Havaí, metido com os meus botões, quando Niven apareceu, reatou a amizade com Slash e Duff e ficou com os louros de tudo o que eu fiz. Depois, Slash contou-me que ele tentou curtir com a namorada dele!"
Consta que o ex-empresário de Guns N'Roses poderá ter sido injustamente acusado de ter sido o responsável pelo contrato assinado pelos antigos membros, o qual tornava Axl como dono do nome da banda. Em relação a esta matéria, o empresário esclareceu: "O meu filho tinha nascido nesse dia, não estávamos no mesmo continente, eles estavam em Barcelona, enquanto eu me encontrava na Califórnia. Confudiram-me com o empresário da digressão porque bebiam em excesso naquela altura e não se lembram!"
Naquela época, consta que Axl Rose queria acrescentar um terceiro guitarrista à formação, mas àparte isso, o factor de desagregação teria sido a parceria com Michael Jackson: "Em 1991, estávamos na estrada. Slash foi a minha casa e disse-me que no dia seguinte iria partir para tocar num espectáculo de tributo com Michael Jackson. Disse-lhe para ele não fazer isso porque Axl tinha sido abusado pelo pai quando tinha 2 anos de idade e acreditava nas acusações que pendiam sobre o malogrado rei da pop. Toda a gente sabia que Eddie Van Halen tinha recebido 1 milhão de dólares pela (excelente) participação no tema "Beat It", do álbum "Thriller". Perguntei-lhe quanto é que ele ia receber por essa participação, se podia negociar isso e Slash respodeu que só ia ganhar uma televisão com um grande ecrã".
Ainda segundo o ex-empresário, "Axl ficou arrasado. Ele achou que Slash iria apoiá-lo e se mostraria contra quanquer tipo de abuso. Era o único problema para o Axl Rose, na sua maneira de ver as coisas. Ele podia ignorar as drogas e o álcool, com os quais Slash se debatia na altura, mas nunca o abuso infantil." Recorde-se que Slash ainda participou nos temas "Black or White" e "Give in to Me", ambos do álbum "Dangerous". Neste último, ainda teve Gilby Clarke e Terry Zig Zag a acompanhá-lo, o primeiro membro da formação; o 2º, membro da digressão.
Para finalizar, Doug considerou "ser o empresário que os poderia reunir novamente, pelo amor que tenho à banda, acho que mais ninguém conseguia fazer isso. Bastava Slash pedir desculpa pelo sucedido."
Ficou também um pedido especial do empresário à revista: "Sou uma pessoa muito amorosa e espiritual e fico magoado que em vez de me perguntar como eu me estou a sentir e sobre aquilo que o Niven criou, Slash acredite que tal seja verdade e me crucifique. Gosto de Slash como se fosse um irmão, ele é o irmão mais novo que eu nunca tive, fazia o que fosse preciso por ele. Diga-lhe que gostava de me encontrar com ele onde lhe desse mais jeito e contar a minha versão dos factos."
Esta agora... Mais noticias inesperadas e que só recentemente conheceram a luz do dia. Já foram apresentadas algumas "histórias" sobre a dissolução da banda, mas esta é de todas a mais surpreendente e surreal!
Certo é que semana e meia depois, Slash rebateu tais afirmações do ex-empresário de GN'R numa entrevista concedida ao programa "Elliot in the Morning": "Quer saber? Eu tenho ouvido muita coisa sobre esta entrevista. Não acho que corresponda minimamente à verdade. A banda se manteve unida depois da gravação com o Michael Jackson e na altura isso não constitui qualquer tipo de problema. Se alguém se sentiu ofendido, isso passou. Por isso, não acredito que esteja relacionado com a separação dos Guns N'Roses. Não quero saber das merdas que aquele gajo (Goldstein) diz, até evito saber. É da maneira que mantenho a minha sanidade mental". Slash terminou a frase seguida de risos.
Verdade ou mais um boato? Posteriormente a estas afirmações de Doug Goldstein, na 1ª semana de Maio, Slash concedeu uma entrevista ao canal americano CBS, onde afirmava que as tensões entre ele e Axl tinham chegado ao fim, não descartando um regresso à antiga formação.
Certo é que estas afirmações de Goldstein para além de serem polémicas, parecem igualmente ser exageradas e sem uma base legal fundamentada. Mas cada um tem o seu lado da história, verdadeira ou não...